Quadros de Bob Dylan chegam a Londres

13 06 2008

Exposição traz obras feitas pelo músico durante viagens entre 1989 e 1992.

Pinturas e desenhos do compositor e cantor americano Bob Dylan serão exibidos pela primeira vez em uma galeria de Londres a partir deste sábado.

A exposição The Drawn Blank Series, na Halcyon Gallery, traz desenhos e pinturas feitas por Dylan durante viagens entre 1989 e 1992.

Acompanhando a exposição dos trabalhos originais na Halcyon Gallery, uma coletânea de pôsteres em edição limitada estará à venda em galerias selecionadas da Grã-Bretanha.

“Essa é uma oportunidade incrível de ver essa poderosa obra, que diz muito sobre a alma do artista”, disse Paul Green, presidente da galeria.

A exposição, entretanto, tem dividido os especialistas na Grã-Bretanha.

O jornal The Independent disse que os quadros “não tem palácios ou monumentos, apenas coisas que qualquer olho pode ver e sentir que faz parte delas”. Por isso, diz o crítico Michael Glover, a exposição “parece um hino de louvor à doce normalidade da vida.”

Já o crítico do Sunday Times, Waldemar Januscek, disse à BBC que só verdadeiros gênios conseguem ser bons em tudo e que os trabalhos de Dylan não são “tão bons”. “São interessantes, não chegam a envergonhar e poderiam ser piores, mas estão longe de serem ótimos”, disse Januscek.

As obras de Dylan foram exibidas pela primeira vez no ano passado na Alemanha.

Bob Dylan é um dos mais prestigiados e influentes compositores de música pop surgidos no último século. Ele já vendeu mais de 110 milhões de discos em uma carreira de cinco décadas.

Recentemente, Bob Dylan recebeu um prêmio Pulitzer por “seu profundo impacto na música popular e na cultura americanas, com composições líricas de poder poético extraordinário”.

Dylan entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1988 e para o Hall da Fama dos Compositores em 1982.

Dylan’s Chronicles – Volume I, a primeira parte das memórias do músico publicada em 2004, passou 19 semanas na lista dos best sellers do The New York Times. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

Veja também:

Uma iniciativa interessante

Amy Winehouse aparece em vídeo com ratos recém-nascidos

Guns N’ Roses lança disco, mas não é o “Chinese Democracy”

 





Obras de Picasso, Segall e Di Cavalcanti são roubadas em SP

12 06 2008

Três homens, um deles armados, invadiram a Estação Pinacoteca e levaram as obras que estavam expostas

 

 

Duas obras do pintor espanhol Pablo Picasso (1881 – 1973), uma gravura do lituano naturalizado brasileiro Lasar Segall (1891-1957) e outro quadro do brasileiro Di Cavalcanti (1897 – 1976) foram roubados, nesta quinta-feira, 12, na sede da Estação Pinacoteca, onde acontecem exposições do acervo da Pinacoteca de São Paulo. Segundo as primeiras informações, a ação foi cometida por três homens, um deles armado, que entraram sem máscara. As imagens foram gravadas pelo circuito interno de TV e a polícia pretende fazer um retrato falado dos homens.

 

‘Mulheres na Janela’, pintura de 40X49, de Di Cavalcanti, 1926

Três delegados e dez equipes da Polícia Civil acompanham as investigações no local. O Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) deve realizar uma entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira, para dar mais informações sobre o roubo. Segundo estimativa de policiais, o roubo deve ter durado aproximadamente 10 minutos, por volta das 11h30. Três funcionários foram rendidos pelos homens. Os criminosos estavam com uma sacola, onde armazenaram as obras de arte. Depois disso, saíram. A polícia suspeita que pelo menos um terceiro comparsa tenha dado cobertura aos outros dois, na saída do local.

 

Segundo a polícia, as obras levadas foram: Mulheres na Janela (1929), o óleo sobre cartão de Di Cavalcanti, O Pintor e seu Modelo (1963), gravura de Picasso; Minotauro, Bebedouro e Mulheres (1933), gravura de Picasso e Casal (1919), guache sobre cartão de Lasar Segall. A Estação Pinacoteca é um local de exposições da cidade de São Paulo, mantida pelo Governo do Estado de São Paulo. Fica localizada no centro da cidade, no Largo General Osório, no bairro da Luz, ao lado da Sala São Paulo e da Estação Júlio Prestes.

 

Casal, de Lasar Segall, guache de 1919

 

Segundo nota oficial da Secretaria Estadual de Cultura, as obras foram levadas por três homens armados que renderam os atendentes. Os quatro trabalhos têm um valor aproximado de R$ 1 milhão. A secretaria deve se pronunciar após a conclusão das primeiras investigações. O edifício da Estação Pinacoteca permanecerá fechado no resto do dia desta quinta e reabrirá na sexta-feira.

 

 

O prédio foi inaugurado em 1914. Antes de se tornar esse espaço cultural, o prédio pertenceu à administração da Estrada de Ferro Sorocabana. Durante o período da ditadura militar, o local se tornou sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), para onde eram mandados os presos políticos. Em dezembro do ano passado, três quadros foram levados do Museu de Arte de São Paulo (Masp). As obras levadas foram O Lavrador de Café, de Cândido Portinari, e O Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Na ocasião, quatro homens foram presos e chegaram a acusar o presidente do museu, Júlio Neves, de participar da ação. A polícia alegou que a afirmação dos suspeitos era para despistar as investigações.

 

 Minotauro, bebedor e mulheres, de 1933, de Picasso

 

 

O Pintor e sua Modelo, de 1963, Picasso

Posts Interessantes:

Guerra entre portais

São Paulo ocupa 56ª posição em ranking de comércio global

Direito diz que julgamento sobre células-tronco não é questão religiosa.

Violência xenófoba mata pelo menos 22 na África do Sul