Duchamp, o visionário

18 07 2008
Difícil encontrar evento mais adequado para celebrar o 60º aniversário do Museu de Arte Moderna (MAM) do que a exposição Marcel Duchamp: Uma Obra Que Não é Uma Obra ?de Arte?. Além de lançar um olhar atento e iluminador sobre a obra de um dos artistas mais importantes do século 20, a mostra que será aberta hoje à noite para convidados e amanhã para o público é uma boa ocasião para refletir sobre alguns aspectos essenciais da modernidade, tema que a instituição pretendia acompanhar desde sua fundação. Aliás, poucos sabem, mas Marcel Duchamp desempenhou um papel curioso – mesmo que infrutífero – na elaboração dos projetos para a primeira exposição realizada pelo museu (leia nesta edição).

Concebida como uma parceria entre a instituição brasileira e a Fundação Proa, de Buenos Aires – para onde segue em novembro -, a mostra procura encontrar um equilíbrio entre a difícil tarefa de introduzir o pensamento de Duchamp (1887-1968) a um público amplo e a busca de uma visão capaz de elucidar o caráter muitas vezes contraditório e provocativo de seu trabalho. Lançando mão de uma certa organização cronológica e de uma cenografia curvilínea, que procura simular espacialmente o caráter cíclico de sua produção, estão dispostos ao longo da grande sala do museu aproximadamente 120 itens, que vão desde pequenos objetos até aqueles trabalhos considerados suas grandes obras-primas.

“Não vamos rebaixá-lo a uma versão light, mas também não desejamos uma opacidade total, compreensível apenas para um pequeno grupo de iniciados”, explica a curadora Elena Filipovic. Especialista em Duchamp, ela procurou colocar em destaque alguns aspectos importantes em sua trajetória, que ficam ricocheteando ao longo de sua trajetória. São como nichos ou constelações de idéias, entre as quais é possível citar a questão da perspectiva, a transparência, o erotismo, o consumismo, a reprodutibilidade, etc…

Transversalmente a todos esses fios condutores destaca-se o caráter bastante paradoxal dessa obra, que não raro espantou e afastou inclusive admiradores. Duchamp era alguém capaz de jogar por terra a noção de obra de arte (ao assinar objetos prontos, industriais; criando os readymades – objetos ?prontos para usar?; elevando reproduções ao status de objeto de arte ou subvertendo acidamente ícones como a Mona Lisa, a quem adiciona bigodes) e que ao mesmo tempo passou os últimos 20 anos de sua vida construindo escondido de todos, a “pintura viva” Etant Donnés: 1.º La Chute d”Eau; 2.º Le Gaz d?Eclairage, (Sendo Dados: 1.º A Cascata; 2.º O Gás de Iluminação). Definida pela curadora como “uma das obras de arte mais inusitadas e enigmáticas do século 20”, a instalação explora de maneira surpreendente as convenções da perspectiva ótica que ele tanto atacou.

Uma reconstrução aproximada da obra pode ser vista na exposição. Não se trata de uma réplica (como no caso dos readymades e de outras obras destruídas e recriadas por Duchamp), mas de uma reprodução virtual que recria a obra mas não a ilusão de que estamos diante dela. Etant Donnés, obra que se tornou conhecida apenas após a morte do artista, em 1967, encerra a mostra do MAM.

A exposição também tem um início preciso: o ano de 1913. É nessa data que Duchamp torna-se uma celebridade nos EUA, quando sua pintura Nu Descendo a Escada é exposta, com grande escândalo. Datam também desse período seus primeiros readymades – nome que adota apenas em 1915, quando muda-se para a América. Também são deste ano os primeiros estudos de La Mariée mise à nu par ses Célibataires, même (A Noiva despida por seus Celibatários, mesmo), também conhecida como O Grande Vidro.

Ponto de inflexão maior, mas não o único de uma carreira plena de avanços e retomadas. “Ele era um homem de ruptura, que mudaria a história da arte e sua própria arte, mas que vai sempre caminhar em círculos, numa espécie de turbilhão”, procura sintetizar Elena. O tempo todo, os limites são esfacelados. Duchamp ressignifica a noção de autoria ao dar a objetos banais o status de obra de arte; critica acidamente as instituições mas se envolve ativamente em importantes projetos curatoriais; ignora a importância da obra original ao reproduzir novamente seus próprios trabalhos e ao mesmo tempo dá a eles um estatuto novo ao criar suas célebres caixas, que ?repertoriam? todo o universo duchampiano. Numa espécie de síntese entre contrários, Duchamp constrói com uma mão o que destrói com a outra, questionando na prática as definições e limites da arte.





Quadros de Bob Dylan chegam a Londres

13 06 2008

Exposição traz obras feitas pelo músico durante viagens entre 1989 e 1992.

Pinturas e desenhos do compositor e cantor americano Bob Dylan serão exibidos pela primeira vez em uma galeria de Londres a partir deste sábado.

A exposição The Drawn Blank Series, na Halcyon Gallery, traz desenhos e pinturas feitas por Dylan durante viagens entre 1989 e 1992.

Acompanhando a exposição dos trabalhos originais na Halcyon Gallery, uma coletânea de pôsteres em edição limitada estará à venda em galerias selecionadas da Grã-Bretanha.

“Essa é uma oportunidade incrível de ver essa poderosa obra, que diz muito sobre a alma do artista”, disse Paul Green, presidente da galeria.

A exposição, entretanto, tem dividido os especialistas na Grã-Bretanha.

O jornal The Independent disse que os quadros “não tem palácios ou monumentos, apenas coisas que qualquer olho pode ver e sentir que faz parte delas”. Por isso, diz o crítico Michael Glover, a exposição “parece um hino de louvor à doce normalidade da vida.”

Já o crítico do Sunday Times, Waldemar Januscek, disse à BBC que só verdadeiros gênios conseguem ser bons em tudo e que os trabalhos de Dylan não são “tão bons”. “São interessantes, não chegam a envergonhar e poderiam ser piores, mas estão longe de serem ótimos”, disse Januscek.

As obras de Dylan foram exibidas pela primeira vez no ano passado na Alemanha.

Bob Dylan é um dos mais prestigiados e influentes compositores de música pop surgidos no último século. Ele já vendeu mais de 110 milhões de discos em uma carreira de cinco décadas.

Recentemente, Bob Dylan recebeu um prêmio Pulitzer por “seu profundo impacto na música popular e na cultura americanas, com composições líricas de poder poético extraordinário”.

Dylan entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1988 e para o Hall da Fama dos Compositores em 1982.

Dylan’s Chronicles – Volume I, a primeira parte das memórias do músico publicada em 2004, passou 19 semanas na lista dos best sellers do The New York Times. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

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De volta à casa de vila

20 05 2008

 

Em sua 22ª edição, a Casa Cor, montada na área de 6.500 m2 do Jockey Club, redescobre a dimensão humana e foge do que é impessoal

 

Jatobá centenário torna inesquecível a Prça Casa Cor, de Gilberto Elkis

 

A maturidade chegou à Casa Cor. Em sua 22ª edição, a mais representativa mostra de design de interiores do País entra na idade adulta cheia de planos, mas também consciente dos desafios. No entender dos organizadores, o momento é de crescer, mas sem perder de vista o DNA do evento. Mais especificamente, a aura de glamour e exclusividade das primeiras edições – diferenciais que pretendem reviver, em grande estilo, a partir de terça-feira, no Jockey Club de São Paulo, em Cidade Jardim.
“O conceito de bom gosto que queremos imprimir à marca Casa Cor é uma característica original da mostra, conquistada com competência por suas fundadoras Yolanda Figueiredo e Angélica Rueda”, afirma João Doria Jr., que acaba de assumir a presidência do empreendimento em sociedade com o Grupo Abril. Com investimentos da ordem de R$ 8 milhões, a primeira Casa Cor sob sua direção foi montada em uma área total de 6.500 m² e deve atrair um público de cerca de 200 mil pessoas.

Entre os projetos em pauta, além da ampliação do calendário de exposições, o licenciamento da marca para produtos de homeware, bem-estar e lazer: o primeiro deles, uma linha de aromatizadores, já estará à venda no local. “Além de lançar tendências, a mostra é um extraordinário impulsionador de vendas, com um público superior a 500 mil visitantes anuais”, afirma Doria.

Qual seria a estratégia para conciliar as metas de crescimento e a exclusividade de outrora? “Sofisticação em cada detalhe, do visível ao apenas perceptível”, explica Felipe Camargo, vice-presidente da Casa Cor. Ao que ele acrescenta: “Sofisticação hoje pressupõe simplicidade, atenção aos sentidos. Sem esquecer, claro, da importância da preservação ambiental”.

 

Uma vila no Jockey

Que não se surpreenda, portanto, quem, durante a visita, perceber cacaueiros estrategicamente posicionadas em meio aos 69 ambientes, projetados por 88 profissionais na mostra organizada este ano sob o tema “Vila de Casas”.

“Há tempos vínhamos detectando um desejo de voltar à vila. De redescobrir dimensões humanas, mais na escala dos moradores e longe da impessoalidade dos condomínios. O que não esperávamos era estar tão próximos de uma”, admite Camargo, referindo-se à pequena vila residencial no Jockey, exemplar típico de um padrão de ocupação urbana que alcançou seu apogeu na primeira metade do século 20 e que inspirou a montagem deste ano.

Tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural, cinco desses imóveis conservam a fachada original, mas tiveram seus interiores inteiramente reformulados. “Para adaptar a casa ao viver contemporâneo, optei por abolir divisórias, integrando quartos, sala e cozinha em ambiente único”, diz Brunete Fraccaroli, criadora da Casa Dourada, projeto que investe também no branco e no prata, algumas de suas apostas para a próxima estação.

 

A vez do paisagismo

No melhor estilo Casa Cor, novas construções, na forma de lofts e estúdios foram integrados ao conjunto existente, mas sempre de maneira planejada para não descaracterizar o padrão de implantação. Nesse sentido, o paisagismo é o ponto alto desta edição: à semelhança das antigas vilas, as praças, vistas não só como áreas de passagem, propiciam o convívio. Caso de “um lounge a céu aberto”, como preferem chamar Daniela Sedo e Carlos Marsi à Praça de Boas-Vindas – projeto da dupla que conta com dois ambientes, um para descanso e outro para encontros. Ou ainda sob a condição de espaço referencial na memória dos moradores, como propõe o paisagista Alex Hanazaki, no Pátio das Casas, que homenageia os 100 anos da imigração japonesa por meio de um jardim de 300 m², repleto de simbologias.

Não por acaso, a Casa Cor está mais agradável de ser percorrida: em meio à sucessão de espaços verdes, cascatas e espelhos d?água (um dos hits da estação), o visitante vai passar bons momentos ao ar livre, à sombra de jatobás, pitangueiras e flamboyants – algumas das espécies que compõem a vegetação local, vestígio de Mata Atlântica que não passou despercebida pelos arquitetos.

 

Natureza integrada

É o caso de Fernanda Marques, que integrou uma das árvores ao desenho de seu Estúdio 24/7; de Roberto Migotto, com a suíte emoldurada por exuberante paisagem; ou ainda de Francisco Cálio, querevestiu a fachada da Casa Viva com vasos de plantas, irrigados por um sistema de acionamento automático e ecologicamente correto. Sem falar dos inúmeros projetos que, por meio de grandes painéis de vidro, procuram trazer a natureza para dentro dos interiores. De forma literal, contam com paredes ajardinadas na sua composição ou ao menos um painel fotográfico, com referência ao tema.

Em sintonia com o espírito nostálgico da Casa Cor 2008, duas mostras fotográficas devem chamar a atenção: uma, enfocando a obra de Oscar Niemeyer, a cargo de Ruy Othake, com os momentos marcantes da carreira do arquiteto centenário; outra, em homenagem às idealizadoras da mostra, Yolanda Figueiredo e Angélica Rueda, que teve sua primeira edição em junho de 1987.

Trilha sonora ideal para embalar um evento desenhado para agradar aos olhos – mas também aos ouvidos -, perto da entrada, no Lounge Bossa Nova, de Débora Aguiar, o ritmo brasileiro por excelência – que está, a propósito, comemorando 50 anos de estrada -, vai servir de fundo musical para tardes à beira do piano, em ambiente inspirado na arquitetura moderna.

Respirem, portanto, aliviados: ao que tudo indica, a vida continua doce vista dos reluzentes espaços do Jockey Club paulistano.

 

 





SANTIAGO CALATRAVA – arquiteto

3 04 2008

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O arquiteto da ampliação e reforma do museu da arte de Milwaukee é espanhol e conta com escritórios em Zurique, Paris e Valença, Espanha.

Projetou e construiu edifícios por toda Europa e ganhou concorrências internacionais, entre outras a conclusão da catedral de St. John New York e uma para uma ponte através do Grande Canal em Veneza, Itália.

Calatrava projetou numerosas pontes, escritórios, uma biblioteca, High School, estúdio de televisão, teatros, armazéns e ampliação de estádios.The MAM será seu primeiro edifício terminado nos E.U.A.

Nascido próximo de Valença , Espanha , em 28 de julho de 1951, Calatrava estudou arquitetura em Valença, e fez cursos de pos graduação em urbanismo e em engenharia civil. Tem um Ph.D. de ciências técnicas do instituto de tecnologia federal suíço, e doutorado honorário das universidades: Politécnica de Valença, universidade de Sevilha, universidade de Heriot-Watt em Edimburgo, em Scotland, e da escola de engenharia de Milwaukee .

Entre as maiores estruturas públicas que Calatrava projetou estão:

• Estação ferroviária de Stadelhofen, Zurique, Suíça, (1983-90)

• Pavilhão de Kuwait , Expo ’92, Sevilha, Espanha (1991-92)

• Estação Ferroviária do Aeroporto de Lyon, França (1989-94)

• Museu da Ciência e Planetário, Valença, Espanha (1991-)

• Sala de Concertos de Tenerife, Consoles Amarelos (1991-)

• Estação Oriente, Parque das Nações, em Lisboa, Portugal

Seus trabalhos foram exibidos no museu da arte moderna em New York, e em museus em Londres, Tokyo, Moscou, Copenhague, Munich, Estocolmo, Rotterdam e Zurique.

Calatrava, talvez mais conhecido pelas suas numerosas pontes, comentou que uma ponte é um ponto importante da referência em uma cidade, e pode ser usado para complementar a paisagem.

Em todos seus projetos, Calatrava enfrentou desafios complexos, com soluções técnicas notavelmente simples e elegantes. Suas soluções são inspiradas freqüentemente pela natureza, mas as formas orgânicas são transformadas pelas arrojadas soluções técnicas usando materiais tais como o aço e o vidro – criando uma síntese da luz, do espaço, do material, da forma e da estrutura.





AGENDA DE EXPOSIÇÕES – PROGRAME-SE.

28 03 2008

Museus

ESTAÇÃO PINACOTECA

COLEÇÃO NEMIROVSKY

Um dos mais importantes conjuntos modernistas do país, com ícones do movimento, o acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky ganhou uma mostra com um recorte mais amplo, contendo 120 obras. Lgo. Gen. Osório, 66, Luz, região central, tel. 3337-0185. Ter. a dom.: 10h às 18h. Até 3/8. Ingr.: R$ 4 (p/ estudantes: R$ 2. Sáb.: grátis). Estac. (R$ 5).a d c i

Há mais uma exposição na Estação Pinacoteca: “Palazuelo”.

MAC IBIRAPUERA

MULHERES ARTISTAS – RELATOS CULTURAIS

A mostra leva ao museu trabalhos de quatro mulheres artistas, de quatro países da América do Sul: Lacy Duarte (Uruguai), Bruna Truffa (Chile), Ana Miguel (Brasil) e Paola Parcerisa (Paraguai). As características comuns nas poéticas de cada uma são destacadas na montagem. Parque Ibirapuera – av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portão 3, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 5573-5255. Ter. a dom.: 10h às 19h. Até 25/5. Estac. (sistema zona azul -no portão 3).a d

MAC USP

PAULO BRUSCKY

“Ars Brevis” é a primeira individual do pernambu- cano em um museu. Dividida em sete núcleos, a exposição abrange toda a produção do artista multimídia, desde os anos 60, quando sofreu influência do grupo Fluxus, até a atualidade. R. da Reitoria, 109A, Cidade Universitária, região oeste, tel. 3091-3538. Ter. a sex.: 10h às 18h. Sáb. e dom.: 10h às 16h. Até 28/4. Estac. grátis.a d v

Há mais uma exposição no MAC USP: “Linhagens Poéticas – Instalação”.

MASP

TATSUMI ORIMOTO

 “O Convívio Social aos Olhos de Tatsumi Orimoto” é um retrospecto de 40 anos de trabalhos do artista japonês, com curadoria de Tereza de Arruda. Cerca de 1.400 imagens, 160 desenhos e aquarelas e vídeos de performances estão na mostra, com destaque para as séries “Art Mama” e “Bread Men”. 1º e 2º subsolo – av. Paulista, 1.578, Bela Vista, região central, tel. 3251-5644. Ter., qua. e sex. a dom.: 11h às 17h (c/ permanência até as 18h). Qui.: 11h às 19h (c/ permanência até as 20h). Até 27/4. Ingr.: R$ 15 (grátis p/ menores de dez, maiores de 60 anos e ter.).a d


Há mais duas exposições no Masp: “A Mulher por uma Mulher – Obra em Contexto” e “Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade”.

MUSEU AFRO BRASIL

A DIVINA INSPIRAÇÃO SAGRADA E RELIGIOSA – SINCRETISMOS

A mostra reúne trabalhos de arte sacra da época colonial até a atualidade, formando um panorama cujo objetivo é criar um contraponto entre o catolicismo e os cultos afro-brasileiros, como a umbanda e o candomblé. Pq. Ibirapuera – pavilhão Pe. Manoel da Nóbrega – av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portão 10, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 5579-0593. Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Até 30/3. Estac. (sistema zona azul – no portão 3).a d


PAÇO DAS ARTES

DIEGO BELDA E LUIZ ROQUE

 Belda se inspirou em poemas do escritor norte-americano Charles Bukowski para criar suas duas telas abstratas em exposição. Roque tem o cinema como principal referência para os vídeos “Treinamento” e “PIK NIK”, filmados em película. Av. da Universidade, 1, Butantã, região oeste, tel. 3814-4832. Ter. a sex.: 11h30 às 19h. Sáb. e dom.: 12h30 às 17h30. Até 30/3.a v

PINACOTECA DO ESTADO

BORIS KOSSOY

 “O Caleidoscópio e a Câmara” é o nome da exposição dedicada ao fotógrafo e pesquisador, a maior já realizada sobre seu trabalho. Com cerca de cem imagens, traça um percurso poético e documental do trabalho de Kossoy, com ensaios metafísicos e um conjunto de imagens inéditas, realizadas nas últimas duas décadas. A curadoria é de Diógenes Moura. Última semana. Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, tel. 3324-1000. Ter. a dom.: 10h às 18h. Até 30/3. Ingr.: R$ 4 (p/ estudantes: R$ 2. Sáb.: grátis). Estac. grátis. Visita monitorada c/ agendamento.a d c i

Há mais quatro exposições na Pinacoteca do Estado: “Coleção Brasiliana – Versões e Narrativas”, “Do Outro Lado”, “Retratos de um Auto-Retrato”.

Espaços culturais

CAIXA CULTURAL – SÉ

MULHERES ESPETACULARES

A fotógrafa Vânia Toledo pediu para que grandes atrizes brasileiras vivessem por um dia uma personagem que nunca haviam representado. O resultado deste trabalho reúne 30 imagens em preto-e-branco de nomes como Fernanda Montenegro e Marília Pêra, entre outros. 1º andar – pça. da Sé, 111, Sé, região central, tel. 3321-4400. Ter. a dom.: 9h às 21h. Até 20/4.a d v


Há mais duas exposições na Caixa Cultural -Sé: “Arte e Música” e “Serra da Canastra”.


GALERIA OLIDO

FERNANDO LEMOS – PRETO E BRANCO

A trajetória pessoal do fotógrafo português é o foco da exposição, que deu início ao calendário 2008 da galeria Olido, todo dedicado à fotografia. Obras gráficas (desenho e foto) e documentos que pontuam a face “gestor” de Lemos são exibidos. sala Mário Pedrosa – av. São João, 473, República, região central, tel. 3331-8399. Ter. a sáb.: 12h às 21h30. Dom.: 12h às 19h30. Até 13/4.
INSTITUTO MOREIRA SALLES

INTERIORES

O fotógrafo francês Patrick Bogner expõe imagens de paisagens, habitantes e peculiaridades do sertão nordestino, produzidas desde 1987. Boa parte das fotografias foi obtida por meio de uma técnica artesanal de reprodução, na qual a utilização de pigmentos de carbono resulta em imagens de intenso cromatismo. R. Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis, região central, tel. 3825-2560. Ter. a sex.: 13h às 19h. Sáb. e dom.: 13h às 18h. Até 11/5. Estac. grátis.a d v

ITAÚ CULTURAL

QUASE LÍQUIDO

Vídeos, instalações e diversos trabalhos de artistas como Héctor Zamora, Cao Guimarães, Zezão e Eduardo Srur (que fez uma instalação gigante com garrafas pet no rio Tietê), entre outros, aludem, de variadas maneiras, à idéia do líquido. A coletiva pretende ressaltar as contradições da sociedade considerada moderna. Av. Paulista, 149, Bela Vista, região central, tel. 2168-1776. Ter. a sex.: 10h às 21h. Sáb. e dom.: 10h às 19h. Até 25/5. Estac. c/ manob. (R$ 8 a 1ª h mais R$ 2 p/ h adicional – convênio).a d

Unidades do Sesc

ALGUNS ASPECTOS DO DESENHO CONTEMPORÂNEO

Parte do projeto O Desenho e Seus Papéis, idealizado pela artista plástica Edith Derdyk, a exposição organizada por Shirley Paes Leme privilegia diferentes maneiras de pensar o desenho e sua expansão na arte contemporânea brasileira, e mostra várias possibilidades conceituais da técnica, explorando vários materiais. Sesc Pinheiros – área de exposições – térreo – r. Paes Leme, 195, Pinheiros, região oeste, tel. 3095-9400. Ter. a sex.: 13h às 21h30. Sáb. e dom.: 10h às 18h30. Até 20/4. Estac. c/ manob. (R$ 5 e R$ 7 p/ 3 h mais R$ 1 p/ h adicional).
TOKYOGAQUI

A Cia. Vazia, de Elisa Ohtake, apresenta as instalações “Fique em Silêncio, no Escuro, com um Bando de Japonezinhos” e “Destrambelhe-se com um Bando de Japonezinhos” amanhã (dia 29) e domingo, às 19h. A proposta é que o público entre nas instalações, compostas por 20 crianças de descendência japonesa, e experimente as duas situações propostas pelos títulos. O projeto integra o evento multicultural Tokyogaqui, dedicado à cultura japonesa, que também possui espetáculos de dança. Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista (Espaço Quinto Andar) – av. Paulista, 119, Bela Vista, região central, tel. 3179-3700. Amanhã (dia 29) e domingo: às 19h. Grátis. Estac. (R$ 5 p/ 4 h mais h adicional, na r. Leôncio de Carvalho, 98 – convênio).

Outros espaços

STAR WARS EXPOSIÇÃO DO BRASIL
A mostra reúne 200 peças relacionadas à série criada por George Lucas. Além de uma linha do tempo, que ajuda a relembrar os principais momentos de cada episódio, é possível encontrar réplicas de caças espaciais, maquetes, mobiliário dos sets de filmagem, bonecos e figurinos. Porão das Artes – pq. do Ibirapuera – av. Pedro Alvares Cabral, s/ nº, portão 3, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 4003-1212. Seg. a dom.: 9h às 21h (c/ permanência até 22h). Até 29/6. Ingr.: R$ 30 (bilheteria) e R$ 40 (c/ hora marcada). Ingr. p/ tel. 4003-1212 ou p/ site http://www.ingressorapido.com.br. CC: AE, D, M e V. Visita monitorada p/ tel. 3883-9090 (somente p/ escolas). Estac. (sistema Zona Azul – portão 3).a d